Que
é mesmo o Natal? Festas, presentes, compras, viagens, encontros familiares?
O cristão deve ter em mente que o Natal tem um sentido
não apenas humano, mas profundamente
espiritual. É o que podemos aprender a partir do registro
feito por Mateus sobre o nascimento de Jesus.
Mateus 2: 1-12
Estamos no mês natalino. Apesar de não ser a data
correta, pois não se sabe ao certo em que dia o Senhor Jesus nasceu, até porque
não há uma data específica registrada na Bíblia, o dia 25 de dezembro,
tradicionalmente, é considerado o dia do seu nascimento.
Por isso, é um dia comemorado e festejado por todos. Para
muitos, Natal é um dia especial em que pessoas viajam para rever parentes e
amigos. Para outros, Natal é promover festas, é uma oportunidade para se deixar
extravasar os desejos da carne. Para uma criança, é uma data desejada e
esperada com muita ansiedade para se ganhar presentes.
Talvez, para muitos, o Natal seja um momento do ano em
que as famílias se reúnem para se alegrar e agradecer a Deus por mais um ano que
se passou. Para os empresários e comerciantes, é um dos eventos festivos do ano
que abre o maior espaço para vendas em todos os aspectos.
Na verdade, o Natal que a humanidade comemora tem pouco a
ver com o nascimento de Jesus. Biblicamente, Ele nasceu um dia em Belém da
Judeia. Seu nascimento foi singular, simples e humilde. Em Belém nasceu Jesus,
a parte humana, a carne do verbo, as vestimentas de carne e ossos com as quais
o verbo se cobriu para que pudéssemos ver a sua glória, Jo 1: 1-3.
E para o cristão, o que é mesmo Natal? Festas, presentes,
compras, viagens, encontros familiares, etc. O cristão deve ter em mente que
Natal para ele tem um sentido profundamente espiritual, e não apenas um sentido
humano. Vejamos, então, o que podemos aprender a respeito do Natal cristão, a
partir do registro feito por Mateus sobre o nascimento de Jesus, em Mt 2: 1-1?
Natal
é uma busca constante do verdadeiro Jesus
Os magos que vieram do Oriente perguntaram: onde está
aquele que é nascido rei dos judeus? Sendo eles incumbidos pelo rei Herodes a
respeito do menino Jesus, v. 8, partiram em busca do recém-nascido, Vv. 1 e 9.
Eles empreenderam uma longa viagem para encontrar-se com
o desejado das nações. Natal é, portanto, exatamente isso: uma busca constante
do verdadeiro Jesus. Hoje, muitos o buscam de três maneiras distintas:
a)
Buscam o Jesus que não é verdadeiro, de maneira errada: os sacerdotes e os
levitas que foram enviados pelos judeus perguntaram a João Batista: Quem és tu?
Eles buscavam o Jesus verdadeiro, mas João Batista não o era, Jo 1: 19-20.
b)
Buscam o Jesus verdadeiro de maneira errada: em Lucas 2: 48 e 49, seus pais o
buscam em lugares em que Ele não estava presente. Buscavam o Jesus verdadeiro,
mas não o encontraram onde fora procurado.
c)
Buscam o Jesus verdadeiro de maneira verdadeira: os magos fizeram isso e o
encontraram com a sua mãe, Mt 1: 11. Nossas irmãs, Maria Madalena, Joana e
Maria foram surpreendidas quando os anjos lhes disseram: por que buscais entre
os mortos quem está vivo?
Graças a Deus porque o Jesus a quem servimos é verdadeiro
e está nos céus, à destra do Pai. Devemos buscá-lo de todo o nosso coração, Mt
7: 7, enquanto podemos encontrá-lo, Is 55: 6.
Natal
é uma adoração constante ao verdadeiro Jesus
Os magos, guiados pela estrela que tinham visto no
Oriente, chegaram à casa de Maria, mãe de Jesus, encontraram o menino, e,
prostrando-se, o adoraram. Um dos propósitos dessa longa viagem era adorar a
Jesus: viemos a adorá-lo, v. 2.
A adoração verdadeira é um dos aspectos relevantes do Natal.
Ou seja, não existe Natal sem o compromisso de adorar o menino (Rei) Jesus.
Portanto, Natal sem adoração ao Deus Trino e Uno não é Natal. Nesse sentido,
todos os dias podem ser Natal, pois todo o dia podemos adorá-lo em Espírito e
em verdade, Jo 4: 24.
Porém, não é bem assim que acontece em nossos dias. O
mundo comemora o nascimento de Jesus com bebedeiras, festas, etc. Este é o tipo
de Natal sem sentido, sem valor, sem espiritualidade e sem aceitação divina,
porque não alegra o coração de Deus.
O Natal cristão precisa ser uma constante adoração ao
verdadeiro Jesus, que vive e reina para todo o sempre. É ir à igreja não por um
hábito, ou por mero costume, ou para ver alguém, mas para adorá-lo com um
coração preparado, Sl 108: 1.
Por isso, todo culto, quando o adorador se comporta
diante de Deus com adoração verdadeira, pode-se dizer que é dia de Natal, pois
Jesus está sendo reverenciado como o Deus-Filho.
Natal
é abrir o coração e oferecer presentes a Jesus
Os magos, depois de buscarem o menino Jesus,
encontrando-o, adoraram-no. Então, abrindo seus tesouros, apresentaram-lhe
presentes, tais como: ouro, incenso e mirra, v. 11. Vejamos o que isto pode
simbolizar para o cristão:
a) Ouro:
metal precioso, amarelo e brilhante. Simboliza a realeza de Jesus, ou seja, sua
dignidade de Rei. Ele nasceu como rei. Ele é o Rei da glória, Sl 24. Uns o
conhecem como um simples homem que marcou a História. Nós o reconhecemos e
adoramos como Rei dos reis e Senhor dos senhores.
b) Incenso: resina aromática que
se queimava na antiga dispensação. Isto pode simbolizar o lado divino de Jesus.
Nesse aspecto, os magos estavam reconhecendo Jesus como Filho de Deus. Quando o
cristão aceita a divindade de Jesus, ele está abrindo seus tesouros e dando
presentes a Jesus.
c) Mirra: resina odorífera,
medicinal, produzida pelo “balsamodendron”. Analisando o texto de forma
abrangente, nesse caso, mirra poderá simbolizar sacrifício. Talvez seja o
sacrifício que eles (os magos) empreenderam na longa jornada para ver a criança
recém-nascida.
Um dos maiores
presentes que podemos dar a Cristo é a nossa vida como sacrifício vivo, santo e
agradável a Deus, que é o nosso culto racional, Rm 12: 1. Portanto, abramos
nossos tesouros, nossos corações e apresentemos ao Senhor Jesus nossas dádivas.
Ele merece. É Natal! Ele nasceu em nossas vidas, aleluia!
Graça
e Paz!
Pr.
Daniel Santos!
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